sábado, 13 de outubro de 2012

Encontro de Jovens Indígenas 
do Rio Grande do Norte
Jovens do Amarelão do grupo da dança do toré e militantes do Grupo de Estudos de Igapó
os quais montaram este grupo de dança no Amarelão 
    Vai acontecer em João Câmara nos dias 18 e 19 próximos, um Encontro de Jovens Indígenas do Rio Grande do Norte.promovido pela FUNAI. O encontro vai reunir jovens dos grupos indígenas de nosso estado que foram reconhecidos por esta fundação.
   Infelizmente o Movimento indígena vem sofrendo interferências de pessoas desarmonizadas  com os propósitos dos iniciadores e passam a determinar diretrizes nocivas ao bom andamento das coisas. Este encontro foi planejado com a ausência de boa parte dos militantes e assim carrega equívocos e omissões. 
    Apresentar o grupo de Açu como de etnia desconhecida é desconhecer a história do Rio Grande do Norte, pois qual outro povo poderia compor as comunidade daquela cidade se não forem os janduis, visto que lá era a capital do reino tarairú? A novidade é grupo dos tapuias da lagoa de Tapará em Macaíba que apresenta sua etnia... quem a definiu? E qual informação se baseou? Qual a participação deste grupo para ter assegurada sua participação no encontro? No entanto o grupo de Rio dos Índios de Ceara Mirim que já recebeu visitas e fez visita ao Amarelão, ficou de fora assim como o de Caraúbas que participou da Conferencia para a Igualdade Racial também não pode participar por não estarem informados.
    Uma agressão a nossa cultura são os encontros que vem realizando. Encontro de mulheres, de jovens... por que encontro separados? É necessário encontro das lideranças para determinar diretrizes, em conjunto com os militantes do Movimento Indígena. Estes que estão acontecendo não vejo qual o resultado prático? Estes grupos tem algum preparo para determinar alguma diretriz?
    O que as comunidades precisam no momento é fortificar a identidade e a cultura indígena, pois como diz Fan Tsu, é preciso ganhar a guerra primeiro dentro de casa, coisa que não está acontecendo, pois não vejo nas comunidade a integração do grosso da caboclada no movimento, o que vem ocorrendo é a mobilização de grupos de familiares que se apoderam dos benefícios que vão aos pouco chegando nestas comunidades trazidos pelo Movimento e pessoas que deram inicio nas atividades como o caso da Irmã Terezinha do Amarelão que tem ficado de fora por estar sendo escanteada por um noco grupo que tomou a frente do movimento no Amarelão, Atitudes como esta é que enfraquece o movimento, pois afasta as pessoas bem intencionadas abrindo espaça para os oportunistas que vivem a espreita de oportunidades para obterem lucros pessoais.

2 comentários:

  1. Caro Alcides, os militantes que não estão sendo convidados para os eventos do movimento indigena são justamente aqueles que vem tentando desarticular e desmobilizar as lideranças indigenas. Todas as lideranças das comunidades indigenas do RN foram consultadas sobre o Encontro de Jovens e deram sugestões de quem deveria ser cconvidado, e foram convidados: Jussara, Lenilton, Rômulo, Diego e outros muitos apoiadores e militantes do movimento indigena do estado. Sobre a irmã Terezinha ela está sim fazendo parte de tudo dentro da comunidade, vc tem falado com ela? como não sabe disso? Quanto a questão de serem eventos separados (de mulheres, jovens) é uma demanda dos povos indigenas do rio grande do norte. Questione isso vc mesmo nas comunidades. Bem se ver que vc não tem diálogo nenhum com as comunidades indigenas que estão a frente dessa luta, porque não que andar do nosso lado e sim na nossa frente. Eu como liderança indigena que tenho contato direto com as comunidades vou divulgar essa nota que vc postou e vamos ver a reação das lideranças. Estamos firmes e fortes.
    Tayse/APOINME/RN

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