quinta-feira, 26 de abril de 2012

Caboclinho no Rio Dos Indios

      O caboco Severino Roberto, o Mestre Birico dos cabocolinhos de Ceara-Mirim, mantém a tradição que sua família recebeu em 1926 e que veio para as mãos de Birico passada pelo seu tio
    Os Cabocolinhos de Ceara-Mirim foram agraciados com o prêmio Patrimônio Imaterial, instituído pelo Governo do Estado através da Fundação José Augusto passando então a receber uma remuneração assumindo o compromisso de realizar uma apresentação mensal. Dessa maneira pode em fim comparecer nessa comunidade para fazer esta apresentação comemorativa ao dia do Índio no Rio dos Índios, parte do projeto Dia do Índio no Rio dos Índios que foi coordenado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine da Fundação José Augusto e pela Escola Municipal Irmã Arcângela.


       Os Cabocolinhos foram a atração máxima do evento e para se deslocarem para a comunidade contou com a colaboração da Viação Cidade do Natal  que lhes cedeu um micro ônibus. 
Apesar do grupo já ter 86 anos e ser da comunidade de Alto do Sítio, próximo a Rio dos Índios, foi essa a primeira apresentação que fizeram nessa comunidade, atendendo assim aos anseios dos moradores e do própio grupo que não tinha tido ainda essa oportunidade.
         O grupo apresenta um auto folclorico que lembra o episódio da Guerra do Bárbaro (1686/1720) que contou com a participação de índios de Extremoz, incorporados as tropas do Bandeirante Domingo Jorge Velho. É justamente desses índios que descendem os velhos moradores das comunidades de Rio dos Índios, Boa Vista, Capoeira Grande, Coqueiros e Alto do Sítio, pois receberem uma sesmaria em meados do século XVIII que hoje corresponde ao território ocupado por essas comunidades.


Um comentário:

  1. Olá gostaria de saber mas sobre o povoado de Rio dos Índios ficava ao lado da atual comunidade de Boa Vista, meus ancestrais lá viveram como Patriarca conhecido como pai Zé SÓ um português que viveu com minha tataravó índia, no qual teve uma linhagem de longos filhos descendentes indígenas, até chegar em minha avó Maria Luiza do Nascimento Silva e Francisco Pedro da Silva que tiveram 17 filhos onde só 13 sobreviveram , meu avós e tataravós foram enterrados no cemitério de dificílimo acesso por trás da comunidade de boa vista como era, de costume local da época 1945, logo após o falecimento de minha avó minha mãe Zuleide em 1970 fugiu pra recife onde morou até seu falecimento em 2000, retornámos algumas vezes mas havia muita briga por terra e direitos os quais já tinha sido deturpados por interesse alheios já não era mais nossa brigas, restando uma tia avó chamada Ló, tio Deca, tio Tóta, tio Manoel, tio Waldomiro, primos Ilma, Lucimar, Alcimar(nenê), Rosa, Aniêda, Regina, Francinaldo, Francinete, Reginaldo, Cola, Cila, Aninha, Edimilson, muitos outros que não sei o nome pois sei que estão lá em algum lugar, eram um povo fechado e arredio, ficavam em 2000 as margens de uma rodovia que não consigo visualizar no mapa mas ainda são parte de minhas raízes .

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